28.10.12

COMBUSTÃO



intensidade breve
o fogo
a consumir troncos
e escuridão

 no final, apenas
um rasto de calor
cinza fria
solidão


Foto e texto (C) J Moedas Duarte

26.10.12

IMAGENS DO MEU OLHAR - Uma tarde na Quinta do Hespanhol, Carreiras (Freg. Carvoeira), Torres Vedras






Ontem, na Quinta do Hespanhol, uma tertúlia de leitura, iniciativa da Fábrica das Histórias/ Casa Jaime Umbelino de Torres Vedras. Falou-se de poesia e conto, a partir de um texto de Alves Redol e da Bucólica, de Miguel Torga.

A Quinta é um espaço muito bonito, carregado de História, na posse da família Perestrelo desde o séc XVI.
Entremos:










Uma das janelas manuelinas, vista de fora e do lado de dentro






Fotos (C) J. Moedas Duarte

19.10.12

ADEUS, POETA!


Chego a casa e soube da notícia: morreste.
Pego nos teus poemas: vives.

A RTP 2 transmitia um programa sobre ti, de que só vi a parte final, aquela em que um polícia, fardado, citava de cor poemas teus.
Não  morreste, poeta!

Momento de recordar o LUGAR ONDE de Maio de 2011, em que se celebrava a atribuição do PRÉMIO CAMÕES a Manuel António Pina.

16.10.12

MÁRIO CASTRIM - 10 ANOS



Morreu há dez anos - 15 de Outubro 2012 -  o homem que marcou a crítica de Televisão em Portugal. A morte poupou-lhe o espectáculo confrangedor da televisão actual.
Mas Mario Castrim foi, sobretudo, um grande escritor. A sua obra não é vasta mas vale pela qualidade da escrita. Chegou a ser antologiado em livros escolares.
Sobretudo, um poeta que merece ser relido.




A moeda

Ao fim da tarde
uma rodela de sol
ficou na ponta da pedra mais alta.
Lancei-me a correr
a ver se apanhava
a moeda de ouro.
Mas quando lá cheguei
já a noite a tinha guardado
no bolso do colete
para comprar
o dia seguinte.


Mário Castrim, Conto estrelas em ti

12.10.12

Ó PÁTRIA, SENTE-SE A VOZ...









Nas constantes releituras do que tenho aqui, volto a abrir este livro.
Estranhamente, a velha canção parece escrita hoje...









4ª CANÇÃO

Roga por nós, ó pátria, ó sonho sem fronteira!,
por nós a quem recusam a alegria,
a liberdade, o pão de cada dia,
a vida verdadeira!
 
Ó pátria, canta! Do teu presepe imaginário
ergue a voz dulcíssima, magoada,
e estilhaça de esperança as paredes do aquário,
ó pacifica pomba engaiolada!

Contigo iremos pela noite fora,
cantando «Erguendo rútilas bandeiras
por sobre aldeias, campos, sementeiras, 
como os arcanjos portadores da aurora».

6.10.12

IMAGENS DO MEU OLHAR - Quinta das Lapas (Monte Redondo, Torres Vedras)





Solar setecentista que foi do primeiro marquês de Alegrete, Manuel Teles da Silva. Nos anos 60 ainda lá morava a família da fadista Teresa Tarouca. Foi vendido e é  propriedade da ONG Dianova desde há 30 anos.
Mediante autorização, foi possível visitar o solar e a mata contígua. Mas antes, subimos ao monte fronteiro ao palacete, onde se ergue uma torre de vigia com belo panorama sobre a Quinta.






Antes do portão nobre, em plano inferior, a capela de Nossa Senhora do Rosário.




Lado de dentro da Portaria monumental








 Interiores do Solar




 Alçado lateral



Azulejos do séc XVIII









 Lago da Sereia




Pavilhão capela na mata do Solar



 Jardim do Solar





Capela de Nª Srª do Rosário