2.8.08

Imagens do meu olhar... Rio Maior

S. João da Ribeira ( Conc. de Rio Maior ): terra natal do poeta Ruy Belo.



Nasceu nesta casa:



Daqui voou para o mundo através da sua obra poética
Aqui voltou, em 8 de Agosto de 1978, e repousa para sempre...



(...)

Vejo no céu qualquer coisa de meu

o dia acaba alguém se lembra de morrer

parece um pouco que não há nada a fazer

não me perguntem em que empreguei o tempo

creio que a bem dizer não fiz mais do que olhar

e há tão pouca gente que saiba olhar

(...)

Ruy Belo, A Margem da Alegria

Fotos (C) Méon

10 comentários:

Anónimo disse...

"Voou para o mundo" foto muito sugestiva. Nada é demais para Ruy Belo.

avelaneiraflorida disse...

Méon,

e nestes OLHARES...a plenitude do sentir!
Ruy Belo...o sentir maior!

Beijinho.

Xantipa disse...

Andamos tão depressa que não temos tempo de olhar.
Temos de mudar isso, não é verdade?
:)

Joaquim Moedas Duarte disse...

cs:

Estas andorinhas vivem perto da casa onde Ruy Belo nasceu...
Obrigado pela visita.

Joaquim Moedas Duarte disse...

Avelã:

A poesia deste homem é um oceano, como sabes.
A propósito do "sentir" ele escreveu:
« Em "Esta rua é alegre" aparece um princípio fundamental da minha estética: "Não costumo por norma dizer o que sinto / mas aproveitar o que sinto para dizer qualquer coisa"»

Por isso a poesia de Ruy Belo é tão intensa e, ao mesmo tempo, algo estranha, não é?

Beijinho

Joaquim Moedas Duarte disse...

Xantipa:

É verdade o que dizes.
Só há um meio para mudar: mudando!
Pegar em nós, irmos por aí, devagar, máquina fotográfica em punho ( ajuda-me muito a ver, a descobrir os pormenores que fazem a diferença...), olhar... olhar...

Fica bem, amiga
:)

Elsa Martinho disse...

Um poeta que partiu demasiado cedo.

Um abraço.

GS disse...

... merecidíssima homenagem, 'Méon'!
Linda e sensível!

Ruy Belo é um dos melhores poetas lusitanos... e quase foi/está esquecido!

Aqui fica, em jeito de contraponto, a minha singela admiração:

'Os pássaros da noite povoavam
as tílias desta minha solidão
O juízo severo dos seus olhos
de olhar onde cabia o pensamento
a luz e a sombra de uma geração
[...]

Ruy Belo, 'Despeço-me da terra da alegria', Editorial Presença, 1978

Sensibilizada pelo olhar em 'fragmentos'!

Joaquim Moedas Duarte disse...

"fragmentos":

Obrigado pela visita a este território, tão devedor desse grande poeta Ruy Belo. O nome do blogue foi retirado de um poema dele. Aliás, como o "Lugar Onde".

Volto tb aos fragmentos, lugar onde encontro sempre algo de enriquecedor.
Bj

Unknown disse...

Quando a morte ocorre.
Acaba toda a grandeza.
Tudo que nasce morre.
São as Leis da Natureza

Ambrósio Lopes vaz-Matosinhos