13.6.11

PARABÉNS, FERNANDO PESSOA










Se fosses vivo farias hoje 123 anos!  - forte razão para já não estares vivo...
Altura boa para reler o teu longo poema a Santo António, que começa assim:






Nasci exactamente no teu dia -
Treze de Junho, quente de alegria,
citadino, bucólico e humano
Onde até esses cravos de papel
Que têm uma bandeira em pé quebrado
Sabem rir...
Santo dia profano
Cuja luz sabe a mel
Sobre o chão de bom vinho derramado!


E lá continuas, em tom jocoso, a conversa poética com o teu santo... Para finalmente concluires:

Sê sempre assim, nosso pagão encanto,
Sê sempre assim!
Deixa lá Roma entregue à intriga e ao latim,
Esquece a doutrina e os sermões.
De mal, nem tu nem nós merecíamos tanto.
Foste Fernando de Bulhões,
Foste Frei António -
Isso sim.
Porque demónio
É que foram pregar contigo em santo?

1 comentário:

Andradarte disse...

O Fernando Pessoa, gostava mesmo do
Fernando de Bulhões....
Abraço