13.10.11

ESPERA


Ai de quem espera se desespera
se arranha em garra de fera
a sua cabeça esférica
a sua carne tangente
ao sossego de uma hera!

Ai de quem espera sem lenta
argamassa de paciência
em calma de estratosfera!

Ai de quem espera se tenta
um álcool que lhe aguente
a sisudez dessa espera!


Poema de João Rui de Sousa,
Lavra e Pousio,

Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2005

Foto © Méon

2 comentários:

Lilá(s) disse...

Apetecia-me sentar aí, naquela pontinha á sombra, que ambiente tão relaxante!
Bjs

Andradarte disse...

Foi descontraidamente que li este poema,
sentado em banco tão apetecível ao descanso...
Abraço