(...)
O meu amor aumenta-te ainda mais
e és enorme e nem consigo ver
pedras ou pássaros ou plátanos que antes
eram a minha única razão de ser
Nem que viesse deus eu trocaria
por uma bocejante eternidade
a promessa da terra a alegria
de nela confundir-me e ter serenidade
Um poeta possui leões no coração
(...)
Regresso sempre a Ruy Belo. Este é o 30º ano da sua morte. Abro a "Obra Poética" ao acaso e copio alguns versos do longo poema «AO REGRESSAR EPISODICAMENTE A ESPANHA EM AGOSTO DE 1534 GARCILASO DE LA VEGA TEM CONHECIMENTO DA MORTE DE DONA ISABEL FREIRE»
Ruy Belo: a urgência de dizer a vida antes do inevitável...
4 comentários:
Méon,
e Ruy Belo deixa-nos os olhos estrelados...de imenso sentir!
Ruy Belo, grande poeta...
Avelã:
Poesia densa, a exigir de nós uma sensibilidade acrescida.
Jasmim:
Sim, um caudal que não se esgota nunca...
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