L A G O
Com duas tábuas fiz
o barco onde navego
e onde sou tão feliz
que nunca chego...
Vou sonhando e cantando
tão alto
que não sei
se o mar e o céu vão bons ou vão mal...
Só quero ir
sempre andando e reparando
nas diferenças
da paisagem sempre igual...
[Foto(c) Vitor Souza
Poema: Branquinho da Fonseca, in: A Poesia da "Presença", Adolfo Casais Monteiro,
Livros Cotovia, Lisboa, 2003 ]
4 comentários:
e quanto mais olhamos para a mesma paisagem, mais descobrimos...é assim uma coisa mt parecida com a poesia de Alberto Caeiro...
bjs
Méon,
e a prova dos olhares, dos pormenores, das descobertas...flui naturalmente!!!!
Como uma imensa e liquida estrada de água...
Lenib:
É verdade: a chave está nos olhos de quem vê...
Avelaneira:
...como o grande rio Tejo, não é?
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