Há dias em que apenas apetece UM INFINITO SILÊNCIO *.
Sento-me então, à porta de casa, olhando o horizonte. Silêncio. Há demasiado ruído. Palavras, imagens, a conspiração do mundo que impede a iluminação interior.
Só os poetas têm lugar, segredando o essencial...
Nunca são as coisas mais simples que aparecem
quando as esperamos. O que é mais simples,
como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se
encontra no curso previsível da vida. Porém, se
nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos
nos empurrou para fora do caminho habitual,
então as coisas são outras. Nada do que se espera
transforma o que somos se não for isso:
um desvio no olhar; ou a mão que se demora
no teu ombro, forçando uma aproximação
dos lábios.
Nuno Júdice
* título de um livro antigo de António Rebordão Navarro)
2 comentários:
Méon,
e Nuno Júdice enche-nos o "silêncio" com palavras profundas!!!!
Beijinho.
....ou um abraço de Amizade sólida...Duradoura
Um Abraço
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