10.10.09

NÃO ME INTERROMPAM, ESTOU A REFLECTIR



Dia de reflexão! ( Oh! - dúvida cruel ! )
Entretanto encontrei por aqui estes livrinhos deliciosos que animaram alguns serões familiares, já lá vão uns bons anos. Eram vendidos numa lojinha do Mercado Municipal de Alpiarça, pela D. Branca, que os recomendava porque era a primeira leitora deles.
Alguns ainda estavam dependurados num cordel, presos por uma mola da roupa - daí a "literatura de cordel"... Nesse tempo não havia escaparates, ou expositores...

O "Menino da Mata" era o nosso preferido. Meu pai emocionava-se ao ler aquela passagem em que a velha mulher reconhece que está perante um neto, filho do seu filho António que desaparecera de casa muitas anos antes:

«- Oh! disse a velha, juntando as mãos uma à outra, é elle mesmo. António da Silva era meu filho! o meu unico filho! E morreu elle arrependido dos seus peccados e com confiança no Salvador? Então as orações que por elle fiz foram ouvidas. E és tu seu filho? És tu meu próprio neto? Foi pela benigna Providencia que tu vieste procurar abrigo em casa de tua pobre e velha avó.
Então abraçou-o pelo pescoço e choraram ambos de alegria.
- Na verdade, na verdade, disse Guilherme, logo que poude fallar, este dia é milagroso! Devemos antes dar graças a Deus. E trouxeram-me meus irmãos de tão longe para que eu pudesse encontrar minha avó! De aqui em diante hei de gostar de Piloto mais do que nunca, porque jámais chegaria aqui se elle me não tivesse salvo da agua e combatido aquelle terrivel lobo.» ( escrita sic, com erros e tudo... A edição tem a data de 17.3-1955)

No intervalo destas leituras vou continuar a reflectir... Não interrompam, por favor!

4 comentários:

Unknown disse...

Méon,

Não interrompo, não!!!!
Vou ali ao meu cantinho procurar a minha arca dos tesouros...


E...boa reflexão!!!!!!!!!

Beijinho.

samuel disse...

Infelizmente, perdi o meu "o menino da mata e o seu cão piloto".
Parabéns pela escolha!
Boa reflexão!

alcinda leal disse...

Interromper não interrompo, mas fiquei emocionada porque também o meu pai nos contava essa história!
Não me lembro do livro, ele contava de cor essa e muitas outras histórias e transmitiu-nos o gosto pelas histórias e pela leitura!
O menino da mata e o seu cão piloto tinha honras de "primeira página"...
Desta vez emocionáste-me muito
Bom domingo
Alcinda

Lilá(s) disse...

Interrompo só para dizer: belos tempos em que ao serão o pai lia histórias aos filhos!
Saio devagarinho...