(Paragem da "carrêra", perto da Cadriceira)
País por conhecer, por escrever, por ler...
*
O incrível país da minha tia
trémulo de bondade e de aletria.
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País do eufemismo, à morte dia a dia
pergunta mesureiro: - como vai a vida?
*
A Santa Paciência, país, a tua padroeira,
já perde a paciência à nossa cabeceira.
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No sumapau seboso da terceira,
contigo viajei, ó país por lavar,
aturei-te o arroto, o pivete, a coceira,
a conversa pancrácia e o jeito alvar.
Senhor do meu nariz, franzi-te a sobrancelha;
entornado de sono, resvalaste pra mim.
Mas também me ofereceste a cordial botelha,
empinada que foi, tal e qual clarim!
Foto (C) Méon
2 comentários:
Este país já não existe: nem bondade nem aletria; antes agressividade e ganância fria.
A Paciência foi deposta dos altares
e a resistência amoleceu mastigada em debates tumulares.
A botelha já não é cordial,mas gesto ritual; e o clarim é falsete
que a mentira repete.
Portugal no seu melhor!
Bjs
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