9.1.10
AFINAL QUEM TINHA RAZÃO?
Das duas uma: ou a anterior equipa do ME era incompetente ou... é esta equipa que o é.
Do meu ponto de vista, o (mau) desempenho da equipa de Maria de Lurdes Rodrigues em relação aos professores teve uma origem: desconhecimento do modo como funcionam as Escolas e da especificidade do trabalho docente. Nenhum deles esteve numa escola do Ensino Básico ou Secundário, a trabalhar no duro, muitos anos seguidos. Daí que só tenham tido apoios de quem, como eles, tem o mesmo desconhecimento. E daí, também, a enorme onda de contestação da esmagadora maioria da classe docente, revoltada por se ver governada por quem não sabia do que estava a tratar.
As pessoas que usam o argumento de que os professores devem ser avaliados de forma igual às
dos restantes funcionários públicos (Miguel Sousa Tavares, por exemplo...), fazem-no porque também desconhecem o que é uma escola. Falam a partir de preconceitos, ou baseados na sua experiência como alunos, sem terem em conta as alterações brutais decorrentes da nossa forma actual de viver em sociedade. São o tipo de pessoa que acha, por exemplo, que a indisciplina nas escolas se resolveria com duas lambadas no aluno mal comportado. Ouço isto todos os dias...
E o senhor Sócrates, que diz ele? Demite a actual Ministra da Educação, para ser coerente com o apoio total que deu à anterior? Ou reconhece que estava errado e explica a sua mudança de atitude?
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5 comentários:
Méon,
achas???? O sr Sócrates deve andar muito entretido com outras "manigâncias" futuras!!!!
Mas fazia-lhe bem ser obrigado a voltar à escola. Frequentá-la!!! trabalhar nela cada dia, com os alunos,com os professores, com os funcionários, com os pais (os que vão à escola) e depois...
Bom, talvez depois ele pensasse melhor em falar de e sobre os professores e os problemas da educação...
É que " nem só de Magalhães vive a Educação"!!!!!
Beijinho.
Caro Meon
Toda a sua análise está correctissima e certeira, mas delico-doce e empastelada (como aliás muitas das suas análises políticas, que não são carne nem peixe). E tem outro problema? Esquece o essencial: qual a idiossincrasia, a postura, a atitude, o modelo mental que subjaz a todo esse modus operandi? Chamar-lhe mau desempenho é um eufemismo, um branqueamento polido e educado.
Arrogância pura, autoritarismo cego, mentira doce, manipulação torpe e, por fim, o menor de todos os anteriores males: incompetência académica, técnica e política colossal. O "senhor" ????? Sócrates? É evidentemente o inspirador e pai desta arquitectura mental e política. E, caro Méon, deixe-se de rodriguinhos para com o Xuxialista envergonhado que habita dentro de si e lhe inspira a prosa política xoxita e benevolente. O que temos aqui é pura manipulação, oportunismo, tacticismo e calculismo político elevado a um grau sem precedentes na história recente deste pequeno país político. O vazio ideológico que se instalou no seu PS de estimação, que até o impede de chamar os bois pelos nomes e investir em retórica melosa ("desconhecimento do modo como funcionam as Escolas e da especificidade do trabalho docente"), deveria ter em conta o essencial: propaganda, tecnocracia, eleitoralismo e luta pelo poder (pessoal e partidário) a qualquer preço!!! levado a cabo pela Sócrates Corporation & PS. Meu caro Méon, nesta luta pela gamela do Estado e pelo controle da opinião pública (Casos TVI, Público, SOL, etc.), vale tudo, mesmo tudo, até que os otários acordem desta manipulação anestesiante e de prosas sonolentas e quase pueris como a sua.
Obrigado pela atenção
Luis Miranda
AS PROSTITUTAS DE SERVIÇO (vão para a cama com todo o espectro político e os argumentos moldam-se à necessidade circunstancial, desde que ... complete agora caro Meon)
O deputado socialista e ex-ministro Vera Jardim defendeu hoje que é possível um acordo entre Governo e oposição para viabilizar o Orçamento do Estado, e considerou que o PSD é o parceiro preferencial em termos económicos.
"Do ponto de vista da economia, no espectro político português, o parceiro preferencial é o PSD, que tem, apesar das diferenças, uma concepção do sistema económico e financeiro mais próxima da nossa", afirmou Vera Jardim, em declarações à Agência Lusa.
"O CDS-PP também poderá dar o seu contributo", acrescentou, frisando que, idealmente, "o consenso deveria ser o mais alargado possível".
Na opinião do deputado, será difícil a obtenção de um acordo à esquerda, tendo em conta que "a concepção dos partidos à esquerda do PS sobre a economia se afasta" da dos socialistas.
"Não digo que não seja possível. O ideal era que fosse possível dialogar com todos, mas vejo difícil que possa ser feito à esquerda", considerou.
Prezo muito a opinião de quem se dispõe a passar por aqui, mesmo que seja anónimo (que não o é tanto, como sabemos...)
Estas que acabo de ler suscitam-me alguns comentários.
Carne ou peixe?
Felizmente que há outros alimentos! Muitos! O que aumenta o prazer de comer.
É certo que é muito mais o que não sei do que o que tenho aprendido. Mas o pouco que sei aconselha-me a ser mais humilde nas opiniões. E a desconfiar de quem tem muitas certezas, como parece ser o carísimo anónimo, que sabe muito bem para onde vai, o que quer e quem são os inimigos a abater.
Houve eleições há poucos meses. O que vejo é os vencidos gritarem cada vez mais alto para imporem as suas opiniões, ignorando o voto do povo.
Fico perpelexo com a oposição à esquerda e à direita a propósito de tudo, com partidos opostos a votarem juntos, cada um com sua razão e todos contra o partido do Governo.
Isto leva-me a crer, na minha humilde opinião, que esses partidos não levam muito a sério o voto eleitoral.
Não sou filiado em nenhum partido, embora considere que os partidos são importantes para a democracia. Mas... e se fosse? E é pecado não ser "do Partido"? (porque o fraseado do meu ilustre anónimo é muito típico "do Partido" - o único que merece letra maiúscula - conhece-se à légua...)
E não ser "do Partido" significa que se é doutro do qual não se gosta? Aonde é que isso nos leva?
Eu sei onde levaria... O estudo da História ensinou-me algumas das poucas coisas que eu sei. Ou julgo saber...
Evidentemente que não posso concordar com os pontos de vista de quem escarnece das possíveis opções divergentes. De quem chama otários aos que não pensam da mesma maneira e se deixam anestesiar por gente perigosa que anda aqui para adormecer os incautos ou para se divertir com prosas pueris.
Esqueci-me de dizer: não tenho qualquer pretensão a "comentador político". O que por aqui vou escrevendo é apenas uma espécie de "diário" que gosto de partilhar com a meia dúzia de amigos e conhecidos que por aqui passam. Não tenho qualquer impulso moralista, não me move qualquer proselitismo político. Quem sou eu para o fazer?
Confesso, em tempos também acreditei que tinha uma missão, que devia lutar para acordar as pessoas, "os otários", que se deixam enganar pelos maus, pelos corruptos, pelos vendidos ao capitalismo.
Acreditava eu - eu, otário pueril! - que no mundo há os bons, o bom povo, os explorados, e há os maus, os vilões, os exploradores. Carne ou peixe. Preto ou branco.
Se a realidade fosse tão simplesmente o problema destas forças antagónicas, há quanto tempo não estaria resolvida a situação.
Aliás, quando surgiu a URSS, muitos pensaram que estava aberto o caminho para a nova sociedade sem classes, com o sol a brilhar para todos nós. Eu também quis acreditar nisso.
Mas afinal... os otários parece que preferiram ser embalados pelas prosas sonolentas, empasteladas, pueris...
Ou o povo é muito otário, de facto, ou então os maus são ainda piores do que parecem.
Que pena a realidade ser tão complexa!
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