2.9.10

FERNANDO FABIÃO: A DÁDIVA







Renovam-se os rituais da amizade. Setembro chegou e com ele os sinais de um poeta enorme, no coração e na escrita.
Recolho, comovido, a dádiva dos seus poemas. Partilhando com os meus amigos...


SEBES

O movimento lento da câmara
a partir do céu:
- casas sitiadas pelo abandono
sebes, cancelas de madeira
a solidão rumorosa dos salgueiros.

A criança:

- o verde não é meu é de quem o apanhar.

Ama-se o frio
como quem transpõe os umbrais de luz
e anuncia o amor

Fernando Fabião



1 comentário:

Unknown disse...

Méon,

neste mês tão bonito nada melhor que a excelência da Poesia!!!!

E as palavras e o sentir de Fabião são um momento especial.

Beijinho.