3.1.12

ESTAMOS CONDENADOS? NÃÃÃ0 !

Peço licença ao meu amigo Venerando de Matos para transcrever o seu belo texto tirado daqui.
 Subscrevo-o, sobretudo no que ele tem de insubmissão.
De facto, tudo nos empurra para a aceitação acrítica do que nos impõem, em nome de chavões destituídos de rigor. E vemos como isso resulta quando ouvimos pessoas comuns, nos telejornais, em lamúrias derrotistas, submissas, de quem já interiorizou a ideia de que a crise tem em nós - povo - a sua causa.
NÃO ESTAMOS CONDENADOS! Podemos dizer NÃO ! E agir, quando e onde pudermos, para denunciar esta fraude internacional - de que o Governo português é agente - que nos está a empurrar para o abismo.


«Ainda antes de começar, este ano novo de 2012 já vem com “mau-olhado” de politólogos e economistas.
Quase todos  os comentários vão no sentido de nos anunciarem um 2012 “difícil” e “empobrecedor”.
No fundo, as “pitonisas” do costume, comentadores políticos e de economia, nada mais têm feito nestes últimos tempos do que nos anestesiar com as piores profecias para 2012.
De tanto insistirem na receita do ano miserável que nos prometem, seguindo a velha máxima de Goebbels, segundo a qual “uma mentira várias vezes repetida acaba por se tornar verdadeira”, pensam que a “populaça” aceitará, de ânimo leve  e sem reacção, o triste destino que anunciam para este ano…
Contudo, há que recordar que, ao longo da história, muitos tentaram prever o futuro e quase todos se enganaram, ou então, à custa fazerem sempre as mesmas profecias, tipo Medina Carreira,  lá acertaram uma vez por acaso.
O futuro é aquele que nós quisermos construir, mesmo que se anuncie negro e difícil.
Claro que, para os portugueses, estão na calha um conjunto de medidas que vão contribuir para fazer de 2012 um ano difícil, com mais desemprego, menos salário, mais trabalho não remunerado, leis que vão agravar a situação social, a venda ao desbarato de empresas importantes para o país, e outras medidas que são um atentado ao bem-estar dos cidadãos e à identidade do país.
Mas as crises podem também, como eles dizem, ser uma oportunidade, só que podemos surpreende-los e, em vez de construirmos as “oportunidades” que lhes convêm, começarmos a construir as oportunidades que nos afastem do mundo que eles nos querem impor.


Por exemplo, devemos repensar o nosso consumo, o que terá custos para os responsáveis pela crise que nos impingiram, os sectores financeiros e a economia franco-alemão.
Devemos também exigir o rigoroso esclarecimento sobre o destino dos nossos sacrifícios: para onde vai o dinheiro dos nossos subsídios cortados ou do nosso trabalho não remunerado, dos nossos impostos e do aumento dos preços?...
Devemos exigir ainda que os nossos governantes apresentem um plano credível para o desenvolvimento económico do país e que assumam a coragem de romper de vez com acordos europeus que sejam desfavoráveis a esse desenvolvimento, favorecendo apenas a economia francesa e alemã.
E já agora, que tenham a coragem de enfrentar os poderes instalados, os verdadeiros poderes instalados,o dos bancos e das empresas do PSI 20, que em 2011 fugiram com 11 mil milhões de euros para paraísos fiscais, para não pagarem os impostos devidos, ou condenando abertamente a falta de ética empresrial de um Jerónimo Martins, que recorre a várias manigâncias para poder continuar a ser um dos homens mais ricos do país, como agora se soube.
Por último, devemos exigir aos nossos economistas, sempre tão “brilhantes” a exigir sacrifícios, que desenhem um rigoroso plano B como alternativa à nossa presença no euro.


Enfim, isto e muito mais podemos fazer e exigir neste ano de 2012 para lhe alterar o destino.
Um Bom Ano para todos.»

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