9.11.12
ÀS VEZES ARREPENDO-ME...
... Sim, arrependo-me de deixar aqui as manchas gordurosas do nosso quotidiano político.
O pântano mal cheiroso em que vivemos causa vómitos e produz anemia mental.
Não me rendo nem quero entrar no cinismo indiferente dos que metem tudo no mesmo saco. Há gente canalha no meu país, sim. E oportunistas, videirinhos, sendeiros que aproveitam os portões abertos da corrupção e do compadrio partidário. Mas também há muita gente sã, de espinha direita e vida honesta, gente solidária, que dá as mãos e enfrenta a adversidade com coragem e confiança num futuro melhor.
Sim, queria este espaço sempre limpo dos excrementos humanos largados pelos tais que fazem da idolatria ao deus Capital o seu modo de vida. Mas nem sempre consigo.
Hoje alonguei a vista para o Tejo da minha infância e senti que me afastava para muito longe do pântano.
Esta foto, que tirei há dias na Ponte D. Luís, em Santarém, ajuda-me a entrar na noite e no dia de amanhã com uma aurora nos olhos.
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1 comentário:
És um poeta, Moedas!
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