14.4.13

Como disse?


«Por muito menos que isto foi morto o rei D. Carlos.» 
(Mário Soares, entrevista ao jornal I, 13 Abril 2013 (Citado AQUI)

A resposta a esta infeliz observação de Soares encontro-a na entrevista de Nuno Jùdice à revista LER a propósito do seu mais recente livro, IMPLOSÃO:




«Neste livro, trata-se do tempo antes do 25 de Abril e do tempo atual. 
Qual é a grande diferença entre esses dois tempos? (jornalista)
Nesse tempo, havia um inimigo que era visível, tinha um rosto - o Salazar, a ditadura que tinha essa figura a representá-lo. Era relativamente fácil o confronto. Nós sabíamos quem estava do outro lado e sabíamos com quem podíamos contar para essa luta. Hoje não é assim. A troika não é nada, são umas instituições que têm umas siglas. Há o capital, os mercados. São inimigos anónimos mas muito mais poderosos porque não se sabe onde estão, circu­lam por aí pelas bolsas, pelos computadores. É uma sociedade em que o Big Brother, no sentido orwelliano, encontrou formas até muito mais perigosas do que as que ele inventou nesse livro. »



Também creio que, se o inimigo tivesse rosto definido, já teria sido defrontado com outros meios menos pacíficos. Os herdeiros dos conjurados de 1640 estão por aí, não duvido...

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