Mais do que a questão do "irrevogável", o que me
intriga é a forma como P Coelho passa por cima da proporcionalidade partidária
da coligação e entrega ao nano-partido CDS a melhor e mais grossa fatia do
Governo. Como P Coelho não é totalmente burro, essa solução deve implicar muita
coisa obscura e tenebrosa que só conheceremos daqui a 30 anos, quando esta
malta escrever Memórias...
É muito natural que P Portas tenha atirado às malvas com a
palavra "irrevogável". Desde Maquiavel que sabemos que a política não
se faz com preceitos de Moral. E Portas é o mais inteligente leitor do
"Príncipe" que temos. Nada de admirar, portanto...
Tb me faz confusão a apatia - que se torna cumplicidade - de
muitas figuras do PSD que se diziam sociais-democratas. Mas depois logo a voz
da razão me explica:
No fundo estão todos de acordo: o objectivo central deste
Governo + Cavaco + oligarcas e banqueiros + autarcas carreiristas do PSD é impor o 24 de Abril ou, se possível, o 28
de Maio, mantendo o simulacro da democracia que lhes dá caução internacional e
embala o Zé Povinho que lá irá botar o voto sempre que lhe ordenarem...
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