Nuvens correndo num rio
Nuvens correndo num rio
Quem sabe onde vão parar?
Fantasma do meu navio
Não corras, vai devagar!
Vais por caminhos de bruma
Que são caminhos de olvido.
Não queiras, ó meu navio,
Ser um navio perdido.
Sonhos içados ao vento
Querem estrelas varejar!
Velas do meu pensamento
Aonde me quereis levar?
Não corras, ó meu navio
Navega mais devagar,
Que nuvens correndo em rio,
Quem sabe onde vão parar?
Que este destino em que venho
É uma troça tão triste;
Um navio que não tenho
Num rio que não existe.
Natália Correia
4 comentários:
Aprecio os seus poemas 'cáusticos'...
Abraço
Caro professor,
Muito obrigada pelo seu conselho! Não me obrigo a rimar, aliás, tenho alguns poemas no meu blogue que o comprovam. Porém, quando me sai uma rima... sai! E depois vem outra e outra e outra... É difícil parar.
Pode, claro! Um abraço para si e tudo de bom!
Sara Gonçalves
Méon,
uma homenagem digna da MULHER que foi Natália!!!!
Beijinho.
Olá meu amigo e conterrâneo. Esta minha passagem pelo seu Lugar no Tempo, de forma um pouco fugaz e em outros blogues , incluindo o meu Paúl, deve-se ao facto de o meu tempo ser pouco para tal. O meu querido pai encontra-se muito doente e a minha atenção vai toda para os meus pais .Quero partilhar o maior parte das horas disponíveis para ele a quem devo tudo...
abraço amigo
Ana Paula
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