Como diz o Luís Malheiro no Largo da Memória, parece que toda a gente já foi a votos. E refere a clubite partidária em que parecemos todos mergulhados.
Ontem deu-me para "reflexionar" sobre esta história das eleições mas o telefone tocou, ou foi a campainha da porta, ou alguém que caiu da janela abaixo, já não me lembro. Pronto, lá se foi a reflexionação.
Mas Agosto está findo, os amigos regressam ao trabalho, as semanas galopam e no dia 27 lá estamos com o cartãozinho na mão.
Partido Socialista? Um logro, a começar pelo nome. A forma como tratou os problemas da Educação criou-lhe inúmeros anti-corpos. E o estilo convencido do líder levou a política para o Beco do Fala só".
PSD? Depois do espectáculo do patrão do BPN e do Dias Loureiro, mais o Isaltino e o soba da Madeira, acrescentando agora a senhora de ar sinistro e o Programa-que-pode-caber-numa-A4, é de fugir! Alternativa? A quê?
PCP/CDU? Cantam mas não me encantam. Sei o que significa aquela "solidariedade de classe", como eles dizem. Entre os camaradas reina o afecto mais acrítico, todos são bons. Mas ai dos que não pensam como eles. Sobretudo dos que já pensaram e se foram embora, por vontade própria. Esses são diabolizados, enxovalhados, achincalhados, apelidados de "rachados". Pudessem eles, fossem eles poder, e lá se ia o pluralismo partidário. Lá iam para os manicómios todos os dissidentes. Tiveram 380 mil votos nas últimas eleições mas convenceram-se que têm o povo todo com eles, ignorano os milhões que não votaram neles.
Bloco de Esquerda? A considerar. Trata-se de uma esquerda actual, urbana, mais letrada. Que chateia toda a gente, do PS ao PSD, CDS e PCP. A considerar, por exclusão de partes. Porque não quero votar nulo nem em branco, e não me vou abster. Voto de protesto, inconsequente? Seja!
Isto digo eu...Não sei...
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