Mário Barradas( com o microfone) e Joaquim Benite
Houve uma época da minha vida em que trabalhei no Alentejo. E nessa altura, por acção de um grupo de alentejanos a viverem em Torres Vedras, foi possível estabelecer contactos culturais frequentes entre Évora e a nossa cidade, nomeadamente através da vinda de um grupo de teatro dirigido por Mário Barradas.
Fiquei a conhecer o importante trabalho de descentralização cultural feito por Mário Barradas, que havia trocado as luzes de Lisboa pelos espaços desonhecidos da província. Foi preciso ter muita coragem para fazer descentralização cultural nos anos 70, quando o pouco que havia se concentrava em Lisboa.
Mário Barradas, falecido ontem dia 19, foi um daqueles homens cujo trabalho se fez na sombra, sem alardes nem exibicionismos bacocos, mas de forma perserverante.
Joaquim Benite sabe do que fala, ele próprio um resistente, um lutador, a quem o Teatro tanto deve.
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Já que falamos de "passamentos", recordo que faz hoje anos que morreu o grande romancista russo Leão Tolstoi. Foi em 20 de Novembro de 1910. Mais do que GUERRA E PAZ, que nunca consegui ler até ao fim, tocou-me profundamente o seu grande romance ANA KARENINA. Boa altura para voltar a pegar nele...
1 comentário:
«Guerra e Paz» foi para mim, e é ainda, o romance nº1. Dei a uma das minhas filhas o nome da heroína. Dos vários filmes que se fizeram,o melhor, soberbo, espantoso, foi no tempo da União Soviética. Estais lembrados, ó vós da minha geração?
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