AQUEDUTO
Ficou ali à entrada da vila
ano após ano após
o século dezasseis ao longe,
e havia água.
Agora todos os dias a morrer
são dois quilómetros tristes
de tristes arcos, ó triste
criatura parada de cada lado
do rio. Feliz de quem passa
por te ver
pedra a pedra no ar pregado,
para te ver sem água a correr
à porta da tabacaria:
ó meu querido postal ilustrado.
Luís Filipe Rodrigues
Um poema que me chegou hoje, em jeito de brincadeira afectuosa.
1 comentário:
Ó Luís, ó Moedas! Escrevam sempre e partilhem sempre connosco.
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