17.11.09

...NO COTOVELO DO VENTO




FOLHA

Era uma folha pousada
no cotovelo do vento:
e pairava, deslumbrada,
entre morte e movimento.

Era uma folha:lembrava
de tão frágil, o momento
em que a vida me ficava
escrava do teu juramento.

Era uma folha: mais nada.
Antes fosse esquecimento!

David Mourão-Ferreira in
Os Quatro Cantos do Tempo

1 comentário:

Unknown disse...

Méon,

e a folha também se desprendeu nas palavras de NERUDA... e ganhou VIDA!!!

Os poetas sabem.
Beijinho.