29.9.08

UM DOS GRANDES POEMAS DA LÍNGUA PORTUGUESA...


O AMOR EM VISITA


Dai-me uma jovem mulher com sua harpa de sombra
e seu arbusto de sangue. Com ela
encantarei a noite.
Dai-me uma folha viva de erva, uma mulher.
Seus ombros beijarei, a pedra pequena
do sorriso de um momento.
Mulher quase incriada, mas com a gravidade
de dois seios, com o peso lúbrico e triste
da boca. Seus ombros beijarei.


Cantar? Longamente cantar.
Uma mulher com quem beber e morrer.


(..............................)


Herberto Hélder in A Colher na Boca, 1961,
um dos livros fundadores da poesia portuguesa contemporânea.
Longo poema, de que apenas se transcreveram os primeiros versos...

CHOUPAL






Na segunda edição (1861) do livro Descrição Histórica e Económica da Vila e Termo de Torres Vedras, de Madeira Torres, os editores referem-se, a pág 73, a um chafariz de S. Miguel da era de 1305, junto de um olival da ermida de S. Vicente.Pelo contexto, dá para perceber que a "Bica do Choupal" tem a ver com esse chafariz.

Até princípios do séc XX, com a utilização de animais para transporte de pessoas e mercadorias, os chafarizes eram equipamentos públicos de primeira necessidade. Construídos à entrada das povoações, nos principais acessos viários, ali paravam os viajantes após a jornada. Assim temos o Chafariz dos Canos, na Corredoura, a Fonte Nova na estrada de Lisboa e o chafariz de S. Miguel / Bica do Choupal na estrada que vinha ter à Senhora do Ameal e seu adro, onde se faziam mercados. Na Várzea não há vestígios de fonte mas sabemos que era uma zona com muitos poços e, naturalmente, algum deles teria um tanque para dar água aos animais.


A Bica do Choupal tem uma inscrição em pedra do Séc XVII, provavelmente da época de um restauro. É uma memória do passado torriense que deve ser preservada.

Veja-se o estado em que ela está. As fotos foram tiradas no dia 27 de Setembro de 2008.

27.9.08

ADEUS PAUL NEWMAN !

"Cool Hand Luke" ( O Presidiário), de S. Rosemberg, 1967: a imagem do homem indomável.
Belo com um deus romano


" Humano, demasiado humano"... Adeus, Paul Newman!
Lembro-me bem: vi O PRESIDIÁRIO quando estava no 2º ano da Faculdade de Letras, vivia então na residência universitária do Lumiar. Acabado o filme ( passado pelo Cineclube Universitário) , fomos ao BARÃO, um restaurantezinho de bairro onde comíamos o bitoque a preço de conta.
Comemos em silêncio, sufocados de emoção. É que tínhamos ainda nos olhos as imagens da rebeldia e da insubmissão daquele prisioneiro interpretado por Paul Newman, imagem do homem vertical e destemido, indomável até à morte.

E nós ali estávamos, cobardolas, rangendo os dentes em surdina num Estado totalitário, incapazes de um acto de bravura. Paul Newman passou a ser o meu herói. Porque, também na vida real, afirmou a dignidade do homem contra os poderes estabelecidos.
Morreu ontem. Viverá sempre nos filmes em que entrou.
Mais informações: AQUI

RESORT TURÍSTICO À PORTUGUESA




Sol de Setembro, ontem, espreguiçado em manhã serena...! Doce e fagueiro como carícia de mão amada... E mais ainda na praia de Santa Rita.
"Areal de oiro"... "mar de anil"... "lonjura de paraíso perdido": estão aqui todos OS postais ilustrados do lugar comum. Nem falta o "Meu Portugal tão lindo!!!"
Todos? Não! Falta o "Portugal no seu melhor!"
Observe-se:







Em plena arriba de Sata Rita.... a 5o metros de um conjunto de bons equipamentos de apoio, feitos pela Câmara e por uma entidade particular... a cinquenta metros da praia de Porto Novo, com seu hotel e campo de golf do outro lado da arriba... encostado ao pequeno planalto onde, há meia dúzia de anos, um grupo de jovens arquólogos desenterrou parte do esqueleto de um dinossauro in situ (acompanhei os trabalhos e tenho fotos).
Pois foi aqui que alguns pescadores amadores resolveram fazer o seu resort turístico, bem documentado nas fotos: umas "taubas", chapa de zinco, arames... mesas para patuscadas...
Por onde anda a fiscalização da Câmara? E os nossos responsáveis autárquicos, sempre a fazer bochechas com as palavras PROGRESSO... DESENVOLVIMENTO... ? Onde está a Junta de Freguesia? A Assembleia de Freguesia? As oposições?
Aquilo nem está escondido... Vê-se bem, demasiado bem!
- Estás em Portugal, animal!

25.9.08

CARETA, EU?


OS DIREITOS DE CADA UM



Parece que estamos todos de acordo: os meus direitos acabam onde começam os dos outros: Por isso foi tão bem aceite a lei do tabaco, inicialmente contestada por alguns. Quem fuma, tem esse direito. Quem não fuma, tem o direito de exigir que o fumo dos outros não o incomode. A assimilação natural desta lei mostra que, afinal, até há sentido cívico entre os portugueses.
Mas hoje falo de ruído. Barulho. Decibéis. E digo ao que venho.


Moro junto ao Parque da Várzea, lugar privilegiado pela beleza do sítio. Espaços verdes, árvores, famílias a gozarem o sol… Também estamos de acordo: Torre Vedras transfigurou-se depois da abertura deste Parque.
Mas acontece que este espaço está a ser muito procurado para eventos: provas desportivas, comemorações, festejos disto e daquilo, música, ginástica dançante, actividades de animação…etc. Hoje, por exemplo, é uma estação privada de televisão a fazer propaganda, que promete durar cinco dias.


Tudo estaria muito certo se o ruído se limitasse ao espaço onde as coisas acontecem. Mas não. Os organizadores entendem que toda a população à volta deve ficar muito animada e contente a ouvir a voz dos locutores e a música que com eles vai alternando. Tudo muito alto, de modo a ouvir-se do Barro até ao Varatojo, passando por todos os moradores das ruas adjacentes.
Mesmo a actividade física organizada pela Câmara Municipal padeceu desse sintoma. É certo que há pessoas que gostam de lá ir dançar ao som dos gritos dos monitores, ritmados pelas batidas de uma música repetitivamente agressiva. Se gostam, óptimo. Que tenham muito prazer nisso. Mas quem não gosta? Observei algumas vezes que havia pessoas junto ao palco a seguir as indicações dos monitores. Mas havia muitas mais que faziam actividade física por sua conta e que eram “obrigadas” a gramar com uma barulheira que lhes tirava todo o prazer de desfrutarem a calma daquele lugar tão bonito.


E cá voltamos á questão dos limites: o direito de fazer ruído em espaço público não pode colidir com o direito dos que não querem ouvir.
Como é que isso se resolve? Muito simplesmente: reduzindo o volume de som para que fique confinado ao espaço dos que querem usufruir o direito de ouvir locutores de provas desportivas, ou monitores de ginástica, ou concertos de música, ou seja lá o que for. O direito dos outros ao silêncio, ou ao sossego, ficará também garantido.


Isto não é difícil de entender. A não ser por alguns responsáveis que, de tão convencidos que os seus eventos são de suma importância, acham que é careta todo aquele que não os aprecia. Esquecem o que a maioria de todos nós já pratica: o direito de uns não pode desrespeitar o direito dos outros.
, 13/01/2006

24.9.08

TAMBÉM TU, Ó FINLÂNDIA?


Finlândia: P M pede mais controlo de armas após massacre

O primeiro-ministro finlandês, Matti Vanhanen, pediu hoje uma legislação mais rígida de controlo de armas, um dia depois do incidente em que um atirador abriu fogo numa escola e matou 10 pessoas, suicidando-se em seguida.
Vanhanen, cujo governo está na berlinda sob acusação de não ter agido após um incidente semelhante no ano passado, defendeu a proibição do uso de armas de pequeno porte fora de locais para a prática de tiro.
«Em termos de armas de mão, que podem ser facilmente transportadas, temos de pensar se deveriam ser acessíveis para cidadãos no âmbito privado. Na minha opinião, elas pertencem aos clubes de tiro», declarou o primeiro-ministro.
«Temos uma longa tradição de que é possível alguém obter uma licença de arma de fogo se não houver uma razão especial para a polícia não a conceder. Mas após este tipo de comportamento, a minha opinião é de que precisamos, especialmente agora, de estudar caso a caso», afirmou.
O incidente que causou 11 mortos - incluindo o atirador, que morreu no hospital e depois de tentar sucidar-se - ocorreu numa escola técnica na pequena cidade de Kauhajoki, a cerca de 330 quilómetros de Helsínquia. (In Diário Digital)





Falava eu de Cabo Verde!
Bom, uma andorinha não faz a Primavera. O preocupante é o efeito dominó que estas coisas têm.Em Novembro do ano passado deu-se um caso semelhante a este, também na Finlândia, o qual foi exaustivamente tratado nos meios de comunicação social. O remake de agora foi inspirado nele. Desta vez os media resolveram fazer auto-regulação noticiosa, evitando o mesmo tipo de abordagem.

Não podemos deixar de pensar no que se passa por cá. Se as estatísticas negam um aumento significativo da criminalidade, a verdade é que o alarido que se faz à volta dela promove os criminosos a heróis das tribos em que vivem, e ridiculariza as polícias e os tribunais.



23.9.08

JÁ NÃO HÁ PARAÍSOS...


Ruas de Sal Rei, capital da Ilha da Boa Vista

Este podia ser um postal turístico da praia de David, perto de Sal Rei
Mas não é nada turístico!
Alguém juntou o lixo e depois ninguém o foi buscar. E o jovem casal de italianos, que por ali estava a banhar-se, teve a desagradável surpresa de ser assaltado, pouco tempo depois de lá termos estado a tirar estas fotos. Viemos a saber disto na manhã do dia seguinte...




Regressado de Cabo Verde, não me tem apetecido escrever nada. Porquê?


Estive lá em 2001 e não me senti deprimido como desta vez. Nessa altura observei uma sociedade pacata, de gente afável, vivendo como nós vivíamos nas nossas aldeias há 50 anos. Faltava muita coisa, é certo, mas havia segurança e genuinidade.


Passados poucos anos, tudo está a mudar rapidamente. Os bens de consumo já aparecem em força: sumos, pastelaria, telemóveis, brutos carros TT, roupas...


Há construção civil por todo o lado, com a consequente formação de bairros problemáticos com ilhéus deslocados para as obras, ignorando laços e regras de convivência.


Notam-se diferenças abissais entre a geração nova e a precedente. Diferenças de modo de ser e estar. Os lutadores pela independência geraram filhos cada vez mais dependentes. Das modas, do ter, do mostrar. Jovens gingões, muitos a viverem das remessas dos emigrantes que alimentam egoísmos juvenis sem perspectivas.


Há mês e meio choveu em Cabo Verde. Irrompeu o verde das ervas, coisa rara por aquelas bandas. Os mais velhos foram para as hortas, semearam milho, feijão... Em três semans, com o calor, as plantas cresceram a olhos vistos.
Também aqui os constrastes são visíveis. Horta é coisa de aldeia, nas cidades a vida é outra.


As cidades! Estive na Praia (Santiago), Sal Rei ( Boa Vista) e Mindelo (S. Vicente). Construção galopante. Mas por cada prédio concluído, ficam cinco a meio, com paredes por rebocar, ou semi-erguidas, com ferros espetados no ar, materiais de construção espalhados. À excepção de algumas ruas antigas, calcetadas ou alcatroadas, temos a sensação de estar na faixa de Gaza ou no Iraque: ruas de terra, sem passeios, tudo muito precário, muito lixo, muitos restos...


Há resorts turísticos, até estão a aumentar. Mas tendem a ser espaços fechados onde tudo é diferente, onde há conforto, segurança vigiada.


Segurança: outro dos grandes problemas que não vi há sete anos. Agora já são frequentes os roubos, os assaltos. À noite não andava sozinho pelas ruas. Europeu, com a sacola ao ombro ( com euros...), era põr-me mesmo a jeito de... E mesmo de dia...


Um casal que se banhava sozinho numa praia deserta, perto de Sal Rei, foi assaltado, e levaram-lhes o jeep que tinham alugado...


Nada disto é diferente do que vivemos por aqui, é verdade. Mas foi isso mesmo que me deprimiu: como era bom que aqueles espaços fossem diferentes...

21.9.08

UMA VIAGEM

Cidade da Praia, Ilha de Santiago, Cabo Verde.

"Parece bonita, ao longe", como diziam os viajantes europeus do séc. XIX, quando se aproximavam de Lisboa vindos de barco. A Praia também é assim...

Este era o leito da Ribeira Grande, em cuja foz nasceu a Cidade Velha. Vê-se que era uma poderosa corrente de água pela erosão das margens. Hoje está seca, apenas nas raras chuvas se forma um breve e estreito curso de água.

A cidade da Praia viria a ser construída a cerca de 10 Km daqui.

Rua da cidade da Praia.

VERDADES QUE O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO NÃO DIVULGA



AFINAL OS PORTUGUESES SÃO DOS QUE PASSAM MAIS TEMPO NAS ESCOLASOCDE desmente o Ministério da Educação
A OCDE DESMENTE O MINISTÉRIO O que o Ministério sabe mas esconde cobardemente, de forma a virar os portugueses menos esclarecidos contra os que trabalham dia a dia para dar um futuro melhor aos filhos dos outros.
'Os PROFESSORES em Portugal não são assim tão maus...'
Consulte a última versão (2006) do Education at a Glance, publicado pela OCDE, em
http://www.oecd.org/dataoecd/44/35/37376068.pdf.
Se for à página 58, verá desmontada a convicção generalizada de que os professores portugueses passam pouco tempo na escola e que no estrangeiro não é assim.É apresentado, no estudo, o tempo de permanência na escola, onde os professores portugueses estão em 14º lugar (em 28 países), com tempos de permanência nas escolas. superiores
aos
japoneses,
húngaros,
coreanos,
espanhóis,
gregos,
italianos,
finlandeses,
austríacos,
franceses,
dinamarqueses,
luxemburgueses,
checos,
islandeses
noruegueses!
No mesmo documento de 2006 poderá verificar, na página 56, que os professores portugueses estão em 21º lugar (em 31 países) quanto a salários!Na página 32 poderá verificar que, quanto a investimento na educação em relação ao PIB, estamos num modesto 19º lugar (em 31 países) e que estamos em 23º lugar (em 31 países) quanto ao investimento por aluno.
E isto, o M.E. não manda publicar...Não tem problema. Já estamos habituados a fazer todos os serviços.Nós divulgamos aqui e passamos ao maior número de pessoas possível, para que se divulgue e publique a verdade.

18.9.08

MORABEZA...

Cabo Verde, por onde andei estes dias.
Há imagens para partilhar, coisas para dizer... quando tiver assentado o pó que uma viagem sempre levanta.
Hoje é só para re-abrir as portadas ...
Cabo Verde, Ilha de Santiago. "Cidade Velha", onde tudo começou...


Cidade Velha, o pelourinho do Séc. XVI

8.9.08

ALENTEJO - IMAGENS DO MEU OLHAR

Portão de Quinta, Montemor-o-Novo



Torres de Monsaraz

Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, Monte de S. Gens, Serpa

Fotos (C) Méon, Setembro 2008

3.9.08

À LUZ DA TARDE



«Puxo-te pela mão - e saímos da moldura, para dentro da vida.»


Do poema RETRATO DE MULHER À LUZ DA TARDE,
Nuno Júdice, in O Estado dos Campos, ed. Dom Quixote

1.9.08

REGRESSO À ESCOLA


Pela primeira vez em muitos anos não retomo a actividade docente no início do ano lectivo. Mas não o lamento e é isso que me dói. Sempre disse que queria ficar na escola mais alguns anos para além do tempo da reforma, desde que tivesse condições de saúde para tal. Contudo, vi-me "obrigado" a sair mais cedo, inclusivé aceitando uma penalização de 4,5% sobre o vencimento.


Não sou protagonista de nada: o meu caso é apenas mais um no meio de milhares de professores a quem este Governo afrontou. Só quem não conhece as escolas e tem uma ideia errada da função docente é que não entende isto.


É doloroso ouvir pessoas que sempre deram o máximo pela sua profissão, que amam o ensino e têm uma ligação profunda com os alunos, a dizerem que estão exaustas e que lamentam não serem mais velhas para poderem reformar-se já. Vejo com enorme tristeza estes colegas a entrarem no ano lectivo como quem vai para um exílio. Compreendo-os bem...
Este estado de coisas tem responsáveis: são a equipa do Ministério da Educação e o Primeiro Ministro.
A eles se deve a criação de um enorme factor de desestabilização e conflito nas escolas que é a divisão artificial da carreira docente entre "professores titulares" e os outros que o não são. Todos fazem o mesmo, a todos são pedidas as mesmas responsabilidades, mas estão em patamares diferentes, definidos segundo critérios arbitrários.
A eles se deve um sistema de avaliação de desempenho que não é mais do que a extensão administrativa daquele erro colossal.
A eles se deve a legislação que não reforça a autoridade dos professores na escola, antes os transforma em burocratas ao serviço de encarregados de educação a quem não se pedem responsabilidades e de alunos a quem não se exige que estudem e tenham sucesso por mérito próprio.


No ano passado 100 000 mil professores na rua mostraram que não se conformavam com este estado de coisas. O Governo tremeu. Mas os Sindicatos de professores não souberam gerir esta revolta legítima. Ocupados por gente que não dá aulas, funcionalizados e alienados pelo sistema, apressaram-se a assinar um acordo que nada resolveu, antes adiou um problema que vai inquinar o ano lectivo que hoje começa.


Todos os que podem estão a vir-se embora das escolas, é a debandada geral. Professores com a experiência e a formação profissional de muitos anos, que ainda podiam dar tanto ao ensino, retiram-se desgostosos, desiludidos, magoados. Deixaram de acreditar que a sua presença era importante e bateram com a porta. O Governo não se importa, nada faz para os segurar: eram gente que tinha espírito crítico e resistia. «Que se vão embora, não fazem cá falta nenhuma!»
Não, não tenho pena de não voltar à escola. Pelo contrário: entro em Setembro com um enorme alívio. Mas não me sinto bem. Estou profundamente solidário com os meus colegas de profissão e tenho a estranha sensação de que os abandonei, embora saiba quanto isso é pretensioso da minha parte. Vejo com apreensão e desgosto que, trinta e sete anos depois de começar a ser professor, a escola não está melhor.
Sim, regressarei hoje à escola. Mas só para dar um imenso abraço àqueles que, corajosamente, como professores no activo, enfrentam um novo ano lectivo.