29.7.09

IMAGENS DO MEU OLHAR - Campanários

Gosto de campanários! Singelos... ou barrocos... ou monumentais...
Gosto do contraste de cor dos materiais, a recortarem-se no azul.

Este é da Zambujeira do Mar:


Capela de Nª Srª da Rocha:



Idem:

Ainda:



Capela do Promontório de Sagres:



Fotos © Méon

IMAGENS DO MEU OLHAR - Tanto mar

Verão de 2009. Passeando...
A costa alentejana: Zambujeira do Mar


Praia de Nª Srª da Rocha, Porches, Algarve.


Idem. Ao fundo a costa para lá de Armação de Pera.


Descendo para a praia de Nª Srª da Rocha

A capelinha de Nª Srª da Rocha



Porto Covo, ilha do Pessegueiro à esquerda:

Fotos © Méon

25.7.09

FIGURAS INESQUECÍVEIS - LANCE ARMSTRONG





Nasci em terra de ciclistas, Alpiarça. Cresci a vê-los correr na pista, em competição com Alves Barbosa, Américo Raposo, Pedro Polainas ( hoje um velhinho de bengala, pelas ruas de Torres Vedras), João Roque, Sousa Cardoso e tantos outros...

Habituei-me a gostar do ciclismo, modalidade desportiva extremamente exigente. O que se sofre em cima daquelas rodas, só quem praticou pode calcular. Para além da capacidade física é necessária uma força anímica excepcional.
É isso que admiro em Lance Amstrong. Ele foi atleta desde muito novo, começou na natação. Fez ciclismo e teve resultados decepcionantes no início, até perceber que, com treino adequado, podia aspirar às vitórias. E quando tudo parecia encaminhá-lo para o êxito, aparece-lhe um cancro num testículo. E dois tumores, um num pulmão e outro no cérebro, que felizmente eram operáveis. Para o cancro fez quimioterapia severa, ficou sem cabelo e de rastos. Deram-lhe 40% de hipóteses de vida.
Curou-se do cancro. Voltou aos treinos de bicicleta. Com chuva ou sol, frio ou calor, tempestades de neve ou manhãs amenas, ele lá ia, força de vontade férrea. Os colegas encostavam a "bicla" mas ele teimava. Vinha para a França e para a Suiça, fazer estradas de montanha.

Depois, em 1999, entrou no Tour de França. E em sete anos seguidos venceu a mais dura prova do ciclismo mundial. Os franceses, chauvinistas como só eles sabem, tiveram de inventar uma história de doping, que veio a revelar-se falsa.

Regressou este ano ao Tour. Não tinha necessidade de provar nada, podia ter ficado a saborear os louros ganhos. Mas quer dar visibilidade à sua Fundação, que apoia a luta contra o cancro. Sem complexos sujeitou-se a "aguadeiro" de um novo campeão, A. Contador, da nova geração de ciclistas. Deu uma lição de fidelidade táctica à equipa. E está em terceiro lugar na classificação geral, com direito ao pódio amanhã, em Paris.

Inesquecível Lance!
Para saber mais: AQUI e AQUI.

17.7.09

The PEN Story

O êxito do momento. E tem razões para isso...

MUDAR DE CASA!!

Estamos nesta fase. Portanto... nada de postagens! Nem textos, textinhos, textões, vídeos, bonecada...
Tenham paciência, ó meus amigos. E muita sorte em não vos pedir ajuda...


A nossa ideia inicial era esta mansão, nas Ilhas Fudjiji...
Era longe! Optámos por uma coisinha mais perto.

Depois convidamos para um teaparty...


12.7.09

IMAGENS DO MEU OLHAR - Convento do Varatojo

Foto tirada em 5 de Abril de 2009. A glicínia parecia anémica...



A mesma glicínia em 5 de Julho de 2009




Na manhã de Verão o claustro quinhentista era um oásis de frescura verde.

7.7.09

DESCOBERTA

Foto João Paulo Barrinha

Encosto a página de um livro aos olhos. Nada vejo.
Acontece com realidades que estão muito perto de nós: João Paulo Barrinha, por exemplo.

Tão desconhecidamente perto. Até que Venerando de Matos me tira a página dos olhos e me diz: olha!

Ah!

Não guardo para mim.
A explorar em toda a sua enorme riqueza de textos, imagens, ligações a outros mundo visuais...

Já ganhei o dia!
O dia??? Meses !... Anos !...

UM EXTRAORDINÁRIO EXEMPLO DE CIDADANIA

Passou-se na Estónia.
Vale a pena ver!
Let's Do It (clicar)

5.7.09

ECOS DE LONGE (clicar)


LA VIDA

La vida, sin nombre, sin memoria, estaba sola.
Tenía manos, pero no tenía a quién tocar.
Tenía boca, pero no tenía con quién hablar.

La vida era una, y siendo una era ninguna.
Entonces el deseo disparó su arco.
Y la flecha del deseo partió la vida al medio,
y la vida fue dos.

Los dos se encontraron y se rieron.
Les daba risa verse, y tocarse también.

Eduardo Galeano
(Quadro de Willy Charpentier)

4.7.09

O SENTIDO NORMAL DAS PALAVRAS



O sentido normal das palavras não faz bem ao poema.
Há que se dar um gosto incasto aos termos.
Haver com eles um relacionamento voluptuoso.
Talvez corrompê-los até a quimera.
Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los.
Não existir mais rei nem regências.
Uma certa luxúria com a liberdade convém.


Manoel de Barros, in “O Guardador de Águas”
(Poema enviado por Cid Simões)

3.7.09

O GESTO NÃO É TUDO


Grande "caxa" jornalística, maná de vendas para jornais e revistas. O ministro Manuel Pinho excedeu-se!
Estamos num país em que todos se julgam no direito de julgar e achincalhar. Estamos num país em que para se ser político é preciso ter estômago de avestruz. O mesmo país onde dez condóminos num prédio não se entendem por causa de uma simples avaria num elevador ou de uma pequena obra na entrada do prédio. Mas exigem tudo de quem está no poder legítimo ( eleito!)...
Julgamos tudo e todos porque nós somos os melhores, os outros são burros...
O homem perdeu a paciência. Percebo-o muito bem, embora não aprove o gesto. Quando oiço certos responsáveis do PCP também tenho a tentação de fazer o mesmo gesto. Quem se julga Bernardino Soares para falar de cátedra a propósito de tudo e mais alguma coisa? Para ele - como infelizmente para muitos PC's - só o Partido tem razão! Quem pensa de modo diferente é porque está vendido ou perturbado. Este é o típico pensamento de igreja, baseado na fidelidade ao livro que só eles lêem...
É pena não perceberem que o importante papel que eles podiam desempenhar como contra-poder é altamente prejudicado pela sua visão sectária e redutora.

Não foi por acaso que o Bloco de Esquerda já os ultrapassou...

1.7.09

UMA CERTA FORMA DE PENSAR


« A perspectiva da eternidade não é a perspectiva que se tem de um certo local situado para além do mundo, não é o ponto de vista de um ser transcendente; é antes uma certa forma de pensar e sentir que as pessoas racionais são capazes de adoptar no interior do mundo.. E, tendo-o feito, poderão, independentemente da geração a que pertencerem, congregar todas as perspectivas ndividuais num único esquema e chegar juntas a princípios reguladores, que poderão ser vividos por todos, cada um do seu ponto de vista. A pureza de coração - se conseguíssemos atingi-la - seria ver claramente e agir, com graça e auto-domínio, a partir deste ponto de vista.» (John Rawls, citado por Alberto Menguel em UM DIÁRIO DE LEITURAS, ed. ASA, 2007)


Parece um texto banal, mas não é. Num "mundo infestado de demónios" (livro de C. Sagan) este é um poderoso apelo à racionalidade, única forma de os humanos se entenderem em ralação ao essencial. A questão, porém, está na dose de racionalidade que é dada a cada homem. Aqui a desigualdade é medonha, tanto na medida recebida como na capacidade de a usar. E se metermos os sentimentos pelo meio, a equação complica-se.
Napoleão escreveu no seu Diário: "A velhacaria tem limites, a estupidez não!" (Entendendo aqui, como no geral se pode entender, que a estupidez é a incapacidade de usar a Razão. Por isso os gregos também diziam que " da estupidez humana até os deuses têm medo"...)


(Quadro de Magritte)