Caminhar pelos campos de batalha da Roliça e do Vimeiro! Olhar aqueles espaços e "ver" o
horror da guerra.
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O dia estava quente, luminoso, as paisagens eram deslumbrantes, mas era impossível não pensar naqueles homens que, em 1808, vieram de França e da Inglaterra para se matarem uns aos outros aqui!
A buganvília que escorre da parede tem a cor do sangue daqueles homens, empurrados para a morte.
De tantos que cairam resta a memória material do tenente-coronel Lake, oficial inglês, a quem os companheiros de armas erigiram este monumento, grito solitário na paisagem, algures nos campos da Roliça, aldeia dos arredores de Óbidos...
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Na nossa memória parecem soar ainda os tambores que rufavam nestes ermos, a marcar a cadência dos condenados à guerra.
4 comentários:
Amigo Méon
Sempre muito interessante e enriquecedora a leitura dos teus escritos que muitas vezes me transportam a locais bem conhecidos. De origem saloia, minha mãe moçoila das terras do Oeste vinda a trabalho, trabalho duro, para a Amadora, me deu essa costela.
Um abraço.
Méon,
e nessa evocação há a terrível certeza de todas as guerras: são os peões que mais sofrem!!!!
Causar infortúnio sem necessidade...algo que o ser humano ainda não conseguiu deixar de ser capaz de fazer...
até nos dias que passam!
Beijinho.
Victor:
Gosto de partilhar estas coisas...
Obrigado pelas tuas visitas.
Avelã:
Que os homens um dia percebam que a guerra é a forma mais estúpida de enfrentar os problemas!...
Outro
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