30.10.08

CHOVE


Todos os anos, no primeiro dia de chuva, eu costumava iniciar as aulas com este poema escrito no quadro.
Hoje choveu na minha rua... mas já não tenho quadro.
Escrevo aqui...

Chove...

Mas isso que importa!
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir na chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove...

Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.

José Gomes Ferreira

5 comentários:

Anónimo disse...

Um professor à altura do poema.

Paúl dos Patudos disse...

Engraçado; realmente veio-me à memória o tempo de escola na rua direita no edíficio de Visconde Barroso.
Abraço
AP

Joaquim Moedas Duarte disse...

CS:

Obrigadinho mas...nada de exageros, tá bem?!


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AP:

... sabe que ás vezes ainda sonho com esse casarão? Com aquele pátio tão pequeno mas que me parecia do tamanho do mundo?

O tempo roda...

Joaquim Moedas Duarte disse...

CS:

... e o seu link já foi adicionado aos Lugares de Encontro!

Anónimo disse...

Acabei de ler o que escreveu e fiquei a pensar como seria mais apetecível a vida se os professores estivessem disponiveis para libertar a poesia. Não gosto da lisonja!