11.4.11

A BANDEIRA DE FERNANDO NOBRE




Fernando Nobre não é um troca-tintas que se vendeu por um tacho, como gritam por aí as virgens ofendidas que o apajaram na campanha das Presidenciais. A sua "traição" seria demasiado revoltante, inaudita, exprimindo até algum destrambelhamento mental.
Mas não se trata disso. Fernando Nobre é um corredor de fundo e tem um projecto.
Ele é monárquico, como já aqui o referi várias vezes
http://aorodardotempo.blogspot.com/2010/02/transparencia-opaca-do-sr-fernando.html

Ao candidatar-se à Presidência da República a sua agenda era a de repor a questão monárquica em dia, quando chegasse a altura. Agora, ao propor-se a segunda figura da República, Presidente do Parlamento, retoma o seu projecto.

Vejo que na sua declaração de aceitação de candidatura nunca refere a Constituição da República. Há uma frase sua que é muito significativa:

Serei um Presidente da Assembleia da República escrupulosamente respeitador das instituições e do Estado mas não renegarei nunca as minhas convicções, a minha vocação de humanista, e os valores e desígnios da Cidadania.

Fernando Nobre é a nova face da da velha aspiração monárquica: implantar a monarquia usando os instrumentos da República - como aliás já os republicanos haviam feito no Parlamento da Monarquia.
Daí não viria mal ao mundo não fosse o caso de "esconder" cuidadosamente esse seu projecto e dos seus correlegionários.
 
Mas qual é a hipótese da monarquia? E como pode F. Nobre minar a República?
 
A resposta está na doutrina difundida pelos meios monárquicos, de que o Instituto da Democracia Politica é a imagem institucional e cujo Presidente da Direcção é o Dr. Mendo Castro Henriques, conhecido monárquico, como se pode ver AQUI.
Trata-se de monárquicos de convicção democrática que apontam como estratégia política a realização de um referendo para que o povo português se pronuncie sobre um possível regresso â Monarquia. Fundam a sua esperança no crescente desprestígio das instituições republicanas e dos políticos que as servem. Sabem que a figura de D. Duarte Nuno é politicamente débil e incapaz de gerar entusiasmo. Mas ele tem filhos, herdeiros legítimos da pretensão ao trono. É um projecto a longo prazo que supõe passos intermédios. Como os que Fernando Nobre tem dado e se propõe retomar.
 

6 comentários:

Anónimo disse...

Eu que sou republicano e democrata como o dr. Meon também acho que essa canalha monárquica devia ser toda enforcada nas tripas do último Papa.
Viva a República!
Viva o dr. Meon!
Bem haja

Joaquim Moedas Duarte disse...

Ó sr. Anónimo: não subscrevo nada do que diz, pelo radicalismo grosseiro das suas palavras. E não corto o que aqui deixou por respeito à liberdade de expressão.

Anónimo disse...

Mais um motivo para eu votar PSD, já não sou o unico a ser monárquico dentro do PSD.

Tenho por isso mais um companheiro na troika: Monáquico, de Direita e Ibérico. O Traidor foi o Afonso Henriques!

Maria Menezes disse...

O sr. droga-se? É só disto que há em Portugal!

Instituto da Democracia Portuguesa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Joaquim Moedas Duarte disse...

Senhora Dona Maria Menezes: não me drogo, não senhora! Digo o que penso. E faça favor de consultar o site do Instituto de Democracia Portuguesa para ver que o meu raciocínio não é tão delirante como lhe parece.
Deixe-me que lhe diga: o seu comentário mal-criado não abona nada a favor da causa monárquica de que é fervorosa adepta, como vi nos seus blogues. Mal estaria a causa se tivesse muita gente como a senhora. Ao contrário de Fernando Nobre, que considero pessoa de bem.

Venha sempre que queira mas com educação, por favor.