Alpiarça tinha uma das poucas pistas de ciclismo do país. Ali assisti a duelos memoráveis entre Os Águias e equipas como o Sporting ( com Américo Raposo), o Sangalhos ( com Alves Barbosa), o Porto (com Sousa Cardoso) ou o Académico ( com Ribeiro da Silva).
Um dos meus heróis era o Lima Fernandes, um portento de força muscular, ao jeito do que viria a ser o nosso Joaquim Agostinho.
Mais tarde encontrei o filho aqui em Torres Vedras, num Grande Prémio de Ciclismo. Falei-lhe, perguntei pelo pai.
Estávamos longe de imaginar que, um ano depois, este Lima Fernandes júnior viria a morrer no Grande Prémio de T Vedras, vítima de ataque cardíaco, a que não terá sido alheio o uso de doping.
Deste jovem podemos ver AQUI um emocionante relato dos seus feitos de ciclista, em provas no Brasil.
Seu pai, o velho campeão dos anos 6o, ficou destroçado de dor. Proibiu o outro filho de se tornar corredor de ciclismo. Mas - ironias da vida: também este viria a morrer sobre duas rodas, num desatre de moto.
O pai sobreviveu, na dor e na saudade. Homem íntegro, era conhecido em Alpiarça pelo seu carácter franco, solidário, corajoso.
A morte veio agora buscá-lo, aos 76 anos.
Adeus meu velho campeão!
2 comentários:
Méon,
uma sentida homenagem aqui partilhada!
Há homens que merecem,sim!
Obrigada por no-lo recordares!
Beijinho.
Bonita homenagem Méon!
Bjs
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