9.7.07

Eh! Companheiros!


E se eu de súbito gritasse
nesta voz de lágrimas sem face!:

Eh! companheiros de plataforma
presos ao apagar do mesmo pavio!
Porque não nos amamos uns aos outros
e damos as mãos
- sim, as nossas mãos
onde apodrecem aranhas de bafio?

Eh! companheiros de plataforma!
(Não empurrem, Irmãos)


José Gomes Ferreira,
in: Poeta Militante,
1º Vol. Ed. Dom Quixote, 4ª ed. Lx.,1999

5 comentários:

avelaneiraflorida disse...

José gomes ferreira ...
o poeta que me ensinou a poesia!!!
Ainda hoje, uma grande referência!

Bela Imagem...da velha Lisboa, e dos deus eléctricos!!!!

Anónimo disse...

Este poema é um belíssimo hino à fraternidade humana, não é?

Também gosto muito do JGFerreira!

Ema Pires disse...

A eterna questao da "fraternidade", uma virtude cada vez mais desusada.
Abraço

Anónimo disse...

Caro conterrâneo:
Porque não propormos aos "chefes" televisivos que os noticiários começassem sempre com a leitura de um poema?Tanta desgraça,tanta corrupção...E se começassem por mostrar ao povo como a poesia também faz parte das suas vidas?
Descobri o seu blog através duma amiga e já lhe deixei dois comentários.

Joaquim Moedas Duarte disse...

Travessa

Obrigado pela visita.
Ando atrasado com as "postagens". Motivo de mudanças, férias que se aproximam...
Saudações!