22.3.11

ENIGMAS SEM SOLUÇÃO ?

A situação financeira do país é desesperada? ... Parece que é...
A nossa soberania está em causa? ... Está!!!
Vivemos de empréstimos / juros / empréstimos / juros / empréstimos ? ... É notório!
Esta espiral não tem saída? ... Parece que não!  E se tem, ninguem sabe para onde...
O primeiro-ministro não sabe lidar com isto? ... NÃO, a não ser com manobras manhosas...

Então...

Porque é que o PS não tem capacidade para impor uma nova liderança?
Porque é que  o Presidente da República não conclui o que começou com o discurso da tomada de posse?
Porque é que Passos Coelho não se decide?
Porque é que os dois partidos da esquerda parlamentar não se sentam à mesa para reforçarem posições?

Conclusão que me foi dita por um velho sábio: nós, portugueses, individualmente somos muito bons.
Mas... como povo, não prestamos!

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Anda aí uma entrevista interessante do Dr. Sobrinho Simões, que saiu numa revista de fim de semana, - que não consegui ainda identificar.
A opinião de um homem como Sobrinho Simões vale como sintoma. Sintoma importante. Cada vez tenho mais dificuldade em me sentir confortável dentro de uma opinião, o mundo é demasiado complexo, há tantas variáveis em presença que fico sempre perplexo perante certas análises racionalistas que explicam tudo.
Trata-se do capitalismo!
Trata-se das políticas neo-liberais!
É a chantagem da Alemanha!
É o poder financeiro da Banca!
Mas um homem como Sobrinho Simões não faz referência a nenhuma destas evidências e incide a análise sobre a maneira de ser dos portugueses em particular, e dos povos mediterrânicos em geral, opondo-as ao rigor dos nórdicos.
Será que Sobrinho Simões é estúpido? Ou é a realidade que é muito mais complexa do que as análises redutoras de quem privilegia a perspectiva económica sem ter em conta o resto, ou relegando o resto para a categoria de consequência?
No fundo é a velha ideia de que a super-estrutura ideológica é uma resultante da infra-estrutura económica, sem que se tenha em conta o jogo das inter-acções entre os dois níveis.
Mas repito: não me sinto nada confortável em opinar neste tempo de mudanças brutais e rápidas. E admiro ( invejo? ), quem tem uma fé, mais ou menos racional (?), numa teoria que explique o mundo e nos diga quem são os bons e os maus…

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