25.5.11

IMAGENS DO MEU OLHAR

Tempo e lugar: poucas vezes a identidade é tão perfeita.

Azenha de Santa Cruz, Torres Vedras(foto Méon)


Fernando Jorge Fabião visitou-me um dia destes. Com um poema na mão e os olhos iluminados.
Nítido, puro, límpido.
Casa habitada de alvura à beira mar.



ESCREVER
 Uso asas para efeitos de escrita
porque escrever
é uma coisa indestrutível

como residir na casa branca
da infância
ou convocar aromas, utensílios
colheitas iluminadas.

 Uso vogais para comover a pedra
quero habitar a árvore
até alcançar a ciência dos ramos
e escutar a perplexidade do verde.
 Fernando Jorge Fabião

3 comentários:

Andradarte disse...

O poema é bonito...mas desculpe....o meu olhor ficou preso à Foto..Uma beleza. Até parece um sítio novo para mim...Nunca reparei neste angulo!!!!
Abraço

Joaquim Moedas Duarte disse...

Obrigado, amigo.
De facto... uma foto vulgar, tirada com um telemóvel, sem edição especial. Mas, com a sorte de ter encontrado esta luz , resultante do crepúsculo e das luzes artificiais que se tinham acabado de acender.

Uma foto bonita para um poema de que gosto muito.
Gosto muito, aliás, de toda a poesia do Fernando Jorge Fabião, nosso conterrâneo.

Lilá(s) disse...

Que linda foto! parece uma pintura!
Beijinhos