15.1.08

...breve na paisagem



Guardo na pele a luz da tinta
é aí que as palavras ardem
à passagem do sangue

na pele tudo é profundo
ouve-se a água no início do sono
flor estilhaçada na sombra dos dedos
e um talento vagoroso
percorre as veias
uma promessa de paz ilumina as roseiras

dirás que o corpo é uma casa de sol
um relãmpago breve na paisagem
(Fernando Jorge Fabião, Nascente da Sede, ed. Ulmeiro)
(Foto: "1000 imagens")

2 comentários:

avelaneiraflorida disse...

A poesia do Fabião ...
conheci-a...algum tempo atrás. Todavia não voltei a lê-la!!!!
acho que tenho andado "muito distraída"!!!!

"brigados", Méon, por a teres trazido aqui!!!!

Joaquim Moedas Duarte disse...

Voltarei com mais... Gosto muito do que ele escreve.