CONSTRUÇÕES
Prendo-me a uma coisa simples. Pode
ser o teu rosto naquele vidro, que eu vi
e não mais esqueci.
Faço do tempo um parapeito. E
debruço-me nele, à tua espera, sentindo
na madeira o calor do teu peito.
Ergo na areia um castelo de enigmas. E
fecho-te na sua torre, a castelã que me ensinou
a entrar sem saber por onde sair.
(Mas para que hei de sair
de onde quero ficar?)
Nuno Júdice,
Geometria Variável
Public Dom Quixote, Lx, 2005
2 comentários:
Num recanto como o da imagem a poesia acontece...
Bjs
E mais palavras aconchegando-se a nós!
Beijinho.
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