Quando morrer quero essas mãos nos meus olhos:
Quero a luz e o trigo das tuas mãos amadas
Passando uma vez mais em mim sua frescura:
Sentir a suavidade que mudou o meu destino.
Quero que vivas enquanto eu, dormindo, te espero,
quero que os teus ouvidos fiquem ouvindo o vento,
que cheires o aroma do mar que amamos ambos
e fiques pisando a areia que pisamos.
Quero que tudo o que eu amo fique vivo,
e a ti amei e cantei sobre todas as coisas,
por isso fica tu florescendo, florida,
para que alcances tudo o que este amor te ordena,
para que esta sombra corra o teu cabelo,
para que assim conheçam a razão do meu canto.
Quero a luz e o trigo das tuas mãos amadas
Passando uma vez mais em mim sua frescura:
Sentir a suavidade que mudou o meu destino.
Quero que vivas enquanto eu, dormindo, te espero,
quero que os teus ouvidos fiquem ouvindo o vento,
que cheires o aroma do mar que amamos ambos
e fiques pisando a areia que pisamos.
Quero que tudo o que eu amo fique vivo,
e a ti amei e cantei sobre todas as coisas,
por isso fica tu florescendo, florida,
para que alcances tudo o que este amor te ordena,
para que esta sombra corra o teu cabelo,
para que assim conheçam a razão do meu canto.
Pablo Neruda
3 comentários:
Méon, MEU AMIGO!!!!
Depois de acabar de ler "coisas" que nos dispõem mal com a vida...
QUE BOM CHEGAR...e LER ESYAS PALAVRAS LINDISSIMAS!!!
Esqueçe-se tudo o resto e mergulhamos no mundo de Neruda...até ao mais porofundo de nós!!!!
"BRIGADOS", "Brigados", mesmo! A minha noite vai com a poesia...
UMA BOA NOITE, TAMBÉM PARA TI!
Meon, companheiro Balança como eu, muito gosto deste poema de neruda, um dos meus favoritos.
Gostei mesmo
Se não fosse a poesia, como é que convivíamos com a gentalha do ME?
Obrigado pela vossa visita.
Enviar um comentário