20.10.07

E L E G I A




O tempo desfez-se nos teus olhos,
finalmente fitos no ponto mais distante
dos dias que viveste.


Nunca mais verei teu acordar.
Uma última vez guardarei as mãos
no abrigo das tuas,
o teu rosto fechado para sempre.


Sobe a água aos olhos
a tempo ainda
de ver a luz que se afasta.

6 comentários:

Maria Lisboa disse...

Há momentos em que tudo o que se diz é a mais.

Apenas um beijo... e que continue viva no teu coração

Joaquim Moedas Duarte disse...

Maria Lisboa: obrigado pela presença. Sim, ela acompanhará sempre os meus passos enquanto eu lhe sobreviver.
Saudações afectuosas.

avelaneiraflorida disse...

Méon, Meu AMIGO

A sua presença apenas se tornou menos evidente...porque passou para dentro de ti, e aí continuará a habitar-te!!!!
BEIJO

Paúl dos Patudos disse...

Meu amigo
quando vi a foto, revi a sua mãe em tantas imagens da minha infância.As nossas mães nunca morrem, só continuam a sua longa viagem e anos mais tarde todos nos encontraremos e partilharemos o amor que sentimos por elas e que é imenso.
Abraço forte
Ana Paula

Joaquim Moedas Duarte disse...

Avelã:

sebes o quanto é verdade essa vida interior, onde cabem todos os amores que a vida torna impossíveis: ou pelas circunstâncias ou pela morte.
O amor de minha mãe permanecerá como o oásis de frescura onde retornarei sempre.
Obrigado pelas palavras de tanta amizade.

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Ana, minha conterrãnea:
Soube-me muito bem este eco de Alpiarça e das recordações que convocaste para aqui. Bem hajas. Sei que a tua Fé será a ponte entre o passado e este presente em que nos fazem tana falta aqueles que nos amaram incondicionalmente.

Saudações de muita amizade

Anónimo disse...

Hoje chove, amanhã fará sol!